Polícia Civil de Araxá agiu e garantiu proteção à criança após suspeita de acobertamento materno e tentativa de fuga
A Polícia Civil de Araxá (MG) agiu para proteger uma criança de 8 anos vítima de violência no ambiente familiar. Um adolescente de 16 anos, irmão da vítima, foi apreendido para internação provisória após ser denunciado por agressões físicas e sexuais contra a menina. A criança foi colocada sob acolhimento provisório.
A denúncia foi levada à delegacia pela vítima e pela tia . O relato foi confirmado pelo testemunho da tia, que presenciou um ato de violência sexual e retirou a criança do local de convívio com o agressor.
Em depoimento a psicóloga e assistente social, a criança de 8 anos detalhou os fatos. A equipe técnica notou que a vítima aparentava estar sob forte efeito de medicação, o que levanta a suspeita de abuso na administração de remédios pela genitora.
Provas e Histórico
O exame pericial realizado na criança constatou a presença de sinais compatíveis com violência física e sexual.
A investigação aponta que já havia ocorrido denúncias anteriores sobre o mesmo tipo de crime, as quais teriam sido acobertadas pela mãe. Na ocasião anterior, a criança havia justificado os ferimentos alegando ter se machucado ao andar de bicicleta.
Medidas de Proteção e Procedimento
A ação policial foi considerada urgente devido ao risco à integridade da criança. Informações indicavam que a mãe estava planejando sair da cidade com os filhos, o que poderia comprometer a segurança da vítima.
O adolescente de 16 anos foi apreendido para internação provisória na sexta-feira (26/09), após representação da autoridade policial. Ele é investigado por crimes previstos no Artigo 217-A do Código Penal (estupro de vulnerável) e Artigo 129, § 9º do Código Penal (lesão corporal qualificada no contexto familiar).
A criança de 8 anos foi acolhida provisoriamente, sendo retirada do convívio com a mãe e o irmão.
O inquérito, sob a direção do Delegado Regional Dr. Valter André Biscaro Salviano e da Delegada de Polícia Dra. Paula Lobo Rios Dib, conta com oitivas da vítima e da tia, laudo pericial e escuta especializada. A Polícia Civil aguarda a oitiva do adolescente e da mãe para dar continuidade ao procedimento.