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Postado em: 21/04/2025 - 11:02 Última atualização: 22/04/2025 - 09:34
Por: Manoelita Chagas - Portal Imbiara

Adeus ao Papa do povo: Francisco morre aos 88 anos após última bênção na Páscoa

O Pontífice faleceu nesta segunda-feira (21), um dia após saudar os fiéis da varanda do Vaticano

Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história. Foto: Creative Commons

Morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, o Papa Francisco — líder da Igreja Católica conhecido em todo o mundo por sua simplicidade, firmeza nos valores e proximidade com os mais pobres.

A notícia de sua morte foi confirmada pelo Vaticano: Francisco faleceu às 7h35 no horário local (2h35, no horário de Brasília), em Roma. Ele havia enfrentado complicações de saúde nos últimos meses, após ser internado no dia 14 de fevereiro com um quadro grave de pneumonia bilateral, anemia e baixa de plaquetas no sangue. Após 37 dias hospitalizado, recebeu alta em 23 de março e, apesar da fragilidade, emocionou o mundo ao aparecer em público no último domingo (20), durante a celebração da Páscoa.

Vestido com sua batina branca e o olhar sereno, fez sua última saudação aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano. Era sua última bênção.

Francisco saúda os fiéis pela última vez na varanda do Vaticano, no Domingo de Páscoa, um dia antes de sua morte. Foto: Redes sociais

Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, foi um papa de muitas “primeiras vezes”. Foi o primeiro líder da Igreja Católica vindo da América Latina, o primeiro do Hemisfério Sul, o primeiro jesuíta e também o primeiro pontífice não europeu em mais de 1.200 anos.

Sua escolha em março de 2013, simbolizada pela fumaça branca que anunciou sua eleição, também foi marcada por palavras simples que ecoaram ao redor do mundo: “Irmãos e irmãs, boa noite”. Assim, sem pompa nem discurso elaborado, Francisco começava um pontificado que mudaria a imagem do papado para muitos.

Ao longo de mais de uma década à frente da Igreja, Francisco conquistou fiéis e não fiéis com seu jeito humilde, sua firme defesa dos pobres, dos migrantes e do meio ambiente, e sua postura de abertura ao diálogo com outras religiões.

Escolheu se chamar “Francisco” em homenagem a São Francisco de Assis, símbolo da paz e do cuidado com os marginalizados. E fez jus ao nome até o fim.

O mundo agora se despede de um líder espiritual que, mesmo nas horas de maior dor, nunca deixou de olhar para o outro. Até mesmo no seu último Domingo de Páscoa, fez questão de estar com o povo — como sempre esteve.