A necropsia não detectou nenhum sinal de violência no corpo de Laercio Pereira
Natural de Benedito Novo (SC), Laercio Pereira, de 35 anos, foi encontrado sem vida nesta quarta-feira (21) na avenida João Paulo II, nº 792, nos fundos de um bar, em Araxá. Inicialmente, um vizinho acionou a Polícia Militar, que entrou em contato com o Corpo de Bombeiros para atender a ocorrência. Como foi constatado que era um cadáver, o Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para a retirada do corpo.
Segundo o investigador do IML, Hudson Fiuza, os trabalhos de perícia foram feitos no local antes do corpo ser encaminhado para o Instituto Médico Legal. Fiuza detalha o espaço em que o corpo foi encontrado. “Lá pelo que me parece são algumas quitinetes. Tem um barzinho na frente, entra no corredor e no fundo do imóvel são três ou quatro quitinetes. Ele estava na porta, no lado de fora de uma das quitinetes. Ele se encontrava em decúbito dorsal (de costas), tinha alguns sinais de vômitos dentro da quitinete e próximo ao corpo. Foi encontrado material de uso de droga no bolso da calça dele”, diz Hudson.
De acordo ainda com o investigador, esse material foi todo identificado e fotografado pela perícia da Polícia Civil. “Após esse trabalho, removemos o corpo para o IML e assim realizar o exame de necropsia e posteriormente determinar a causa morte. É muito cedo de afirmar que ele era usuário de drogas, mas ele tinha lá um cachimbinho como nós chamamos para fazer o uso de crack, mas a droga em si não foi localizada, e sim somente esse material com bastante isqueiros”, relata.
O investigador Hudson Fiuza, do IML. Foto: Caio César/Portal Imbiara
Fiuza destaca também que o homem de 35 anos é bastante conhecido da Secretaria de Ação Social. “Ele já teve no albergue, então a assistente social da Prefeitura até nos fez contato, falou que o conhecia do albergue, de se hospedar lá. Com ajuda da Ação Social, estamos tentando localizar a família dele”. Hudson enfatiza que o corpo está sem nenhum sinal de violência. “Aparentemente não, o corpo tem escoriações antigas, lesões, escoriações normais mesmo de tombo ou alguma coisa nesse sentido. Lesão antes da necropsia que pode se afirmar que foi vítima de algum tipo de agressão, isso até agora não. Na necropsia pode aparecer alguma surpresa”, acrescenta.
A necropsia do corpo será feito ainda na tarde desta quarta-feira (21). Neste tipo de exame é feita uma avaliação de órgãos, tecidos e afins. Esse exame permite a detecção de doenças, traumas e muitas outras condições biológicas que existiam antes da morte. “Assim que terminar a necropsia já se sabe se há algum outro indício ou não de violência no corpo. Teve no local também uma equipe da delegacia do Doutor Vinícius Ramalho (delegacia de Homicídios). Essa equipe deve investigar sim caso for constatada alguma coisa aqui no IML”, conclui Hudson.
De acordo com Hudson, a necropsia não detectou nenhum sinal de violência. O material foi colhido para exame toxocológico.
