Dr. Marcelo Viviani chama atenção para sintomas que podem indicar doenças mais graves e reforça a importância do diagnóstico precoce
Em entrevista ao programa Imbiara Notícias, da Rádio Imbiara 91,5 FM, o otorrinolaringologista Dr. Marcelo Viviani esclareceu dúvidas comuns dos ouvintes sobre tonturas, rinite alérgica, uso de descongestionantes nasais e apneia do sono — condições que afetam milhares de pessoas, muitas vezes sem diagnóstico ou tratamento adequados.
Especialista afirma que labirintite nem sempre é o que parece
Durante o programa, o ouvinte Luiz Lázaro relatou ter ficado mais de 60 dias com sintomas de labirintite. O médico explicou que o termo é frequentemente usado de forma genérica. “Labirintite, no senso popular, está associada à vertigem. Mas há diversas causas para esse sintoma. No caso citado, pode ter sido uma neuronite vestibular — uma inflamação viral no nervo responsável pelo equilíbrio”, afirmou.
Ele destacou que a causa mais comum de vertigem é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), provocada por cristais soltos no ouvido interno. “Esse tipo de tontura é tratável apenas com manobras de reposicionamento, sem necessidade de medicamentos”, explicou.
Tontura pode ter origem metabólica ou neurológica
Segundo Dr. Marcelo, é essencial diferenciar vertigem (sensação de que tudo está girando), desequilíbrio (andar cambaleante) e tontura. A principal causa de tonturas, segundo ele, está relacionada à síndrome metabólica, como oscilações de glicose e insulina, comuns em pessoas com diabetes ou que usam medicamentos para emagrecer.
“Em alguns casos, a tontura pode indicar algo mais grave, como um acidente vascular cerebral (AVC). Por isso, é fundamental procurar avaliação médica, especialmente quando há outros sintomas associados, como alterações da pressão arterial”, alertou.
Especialista alerta para o uso de descongestionantes nasais
Dr. Marcelo também fez um alerta sobre o uso abusivo de descongestionantes nasais. “Produtos com nafazolina e oximetazolina, vendidos sem prescrição médica, podem causar arritmias cardíacas, retenção urinária e elevação da pressão arterial”, destacou. O médico citou casos de pacientes que tiveram complicações graves após o uso contínuo ou em associação com energéticos.
“Há um esforço da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia para que esses medicamentos só sejam vendidos com receita médica”, acrescentou.
Otorrinolaringolista Dr. Marcelo Viviani foi o convidado do programa Imbiara Notícias, da Rádio Imbiara 91,5 FM. Foto: Manoelita Chagas/Portal Imbiara
Ronco e apneia do sono são mais sérios do que parecem
Outro tema abordado foi o ronco. Segundo Dr. Marcelo, cerca de 40% da população ronca, mas nem sempre isso é tratado com a devida atenção. O problema pode indicar a presença da síndrome da apneia obstrutiva do sono, que causa interrupções na respiração durante o sono.
“Essas pausas respiratórias afetam a qualidade do sono, provocam cansaço extremo, sonolência diurna e até hipertensão arterial, diabetes e obesidade. É um fator de risco importante para acidentes de trânsito”, alertou.
A boa notícia, segundo ele, é que “100% dos casos de ronco têm tratamento”. A identificação da gravidade da apneia e a escolha do tratamento adequado — que pode incluir mudanças de hábitos, uso de aparelhos ou procedimentos cirúrgicos — são fundamentais para a recuperação da qualidade de vida.
Serviço:
📍 Clínica Dr. Marcelo Viviani
📍 Av. João Moreira Salles, nº 115, bairro Urciano Lemos (subindo a rua da Unimed)
📞 Telefone: (34) 3662-2030
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