bem brasil
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Postado em: 30/07/2025 - 15:33 Última atualização: 30/07/2025 - 18:01
Por: Caio César/Carlos Nunes/Natália Fernandes/Manoelita Chagas - Portal Imbiara

Médico otorrinolaringologista alerta que os cânceres de cabeça e pescoço podem atingir até 48 mil brasileiros

Tumores na boca, garganta e tireoide estão entre os mais comuns e podem ser evitados com hábitos saudáveis

Dr. Marcelo Viviani ao lado dos apresentadores Carlos Nunes e Natália Fernandes. Foto: Manoelita Chagas/Portal Imbiara

O Grupo Imbiara de Comunicação apoia a Campanha Julho Verde com uma série de ações que incluem blitzes educativas e entrevistas com especialistas sobre o tema. Nesta quarta-feira (30), o médico otorrinolaringologista Dr. Marcelo Viviani destacou, nos microfones da Rádio Imbiara 91,5 FM, a importância da conscientização e do diagnóstico precoce dos cânceres de cabeça e pescoço, no contexto da campanha Julho Verde. Segundo o médico, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, entre 2023 e 2025, o Brasil registrará cerca de 39.550 novos casos de câncer de cabeça e pescoço — número que pode ultrapassar 48 mil, se considerados também os melanomas de face.

A iniciativa Julho Verde visa alertar a população sobre os sinais e fatores de risco relacionados a esses tipos de câncer, que atingem milhares de brasileiros todos os anos. Em 2022, foram atribuídos 8.202 óbitos a esses tipos de tumores. A projeção para 2050 é alarmante: um aumento de 86% nas mortes, com expectativa de até 30 mil óbitos anuais. Dr. Marcelo ressaltou que o câncer de cabeça e pescoço abrange tumores na boca, língua, garganta (orofaringe e laringe) e tireoide. “Esses cânceres estão fortemente associados ao tabagismo, ao etilismo e à infecção pelo vírus HPV”, afirmou.

Viviani também chamou a atenção para o papel da vacinação contra o HPV, disponível gratuitamente pelo SUS para meninos e meninas. “Além de prevenir o câncer de colo do útero nas mulheres, a vacina também protege contra o câncer de orofaringe”, explicou. No entanto, o especialista lamenta a baixa adesão da população à imunização infantil e juvenil.

Sinais de alerta

O médico orienta atenção especial a alguns sinais persistentes, como:

- Nódulos no pescoço ou na tireoide;

- Feridas na boca que não cicatrizam;

- Dificuldade para engolir;

- Dor crônica na garganta ou no ouvido;

- Verrugas na úvula (campainha) ou nas amígdalas.

 

Ele recomenda que pacientes a partir dos 40 anos, que fazem uso frequente de álcool e cigarro, realizem exames preventivos com regularidade, pois o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura.

“Infelizmente, no SUS, muitos pacientes só chegam ao diagnóstico em estágios avançados. A partir dos 40 anos, a investigação deveria ser obrigatória, porque é nessa faixa etária que aumenta significativamente a incidência de lesões desse tipo — embora os casos mais avançados geralmente ocorram por volta dos 60 anos. Quando falamos em estadiamento, estamos nos referindo ao momento em que o câncer é detectado”, alertou o médico.

O recado final do especialista é direto quanto aos riscos de adiar cuidados com a saúde. “Nós, homens, somos mais resistentes a procurar tratamento. Já as mulheres são muito mais objetivas nesse aspecto. Acredito que, se algo está te incomodando, isso não deve ser considerado natural. Você não precisa se adaptar ao sofrimento. O sofrimento faz parte da condição humana, mas é importante lembrar que outras pessoas compartilham dessa dor e há quem esteja disposto a ajudar”, concluiu o otorrinolaringologista, que participou do programa Imbiara Notícias, da Rádio Imbiara 91,5 FM.

Serviço:

📍 Clínica Dr. Marcelo Viviani

📍 Av. João Moreira Salles, nº 115, bairro Urciano Lemos (subindo a rua da Unimed)

📞 Telefone: (34) 3662-2030

📱 WhatsApp: (34) 98862-2030