Associação CACEM reúne mais de 20 alambiques do Cerrado Mineiro e conta com apoio do Sebrae na estruturação e divulgação dos produtos
A cidade de Araxá recebeu na sexta-feira (25) mais uma reunião da CACEM – Associação dos Produtores de Cachaça de Alambique do Cerrado Mineiro, que tem como objetivo unir forças entre produtores locais para fortalecer a cadeia produtiva da Cachaça de Alambique na região. O encontro reuniu empresários do setor para debater melhorias na produção, qualidade e estratégias de expansão de mercado.
O presidente da associação, Cássio Azevedo, produtor da Cachaça Vanderley Azevedo, contou que herdou do pai a paixão pelo alambique. "Nasci e cresci no meio da produção de cachaça. Hoje, com a associação, buscamos dar voz aos produtores e oferecer suporte para melhorar a qualidade dos produtos e ampliar nossa presença no mercado", disse.
Presidente da associação, Cássio Azevedo, produtor da Cachaça Vanderley Azevedo. Foto: Alex Xexéu
Segundo Cássio, a CACEM já conta com mais de 20 associados e realiza encontros mensais em Araxá, sempre com apoio do Sebrae. “Desde a fundação da associação, o Sebrae é nosso parceiro. Eles nos ajudam com consultorias, análise de mercado, precificação, e até oferecem o espaço físico para nossas reuniões”, explicou.
Relação das marcas Associadas a CACEM. Foto: Cássio Azevedo
O foco da comercialização, segundo ele, é regional: “A produção é local, mas já conseguimos avançar para mercados como Brasília, além de outras regiões do Cerrado. Nossa missão é consolidar a cachaça como um produto de excelência.”
Outro destaque do encontro foi a fala de Paulino Chicrala, primeiro secretário da associação e proprietário das cachaças Segredo de Araxá e Carnaval. Com mais de duas décadas no setor, ele destacou a evolução da bebida no país: “De 1985 para cá, a cachaça deu um salto de qualidade. Hoje, o produtor se preocupa com excelência, com a imagem do produto, e isso é essencial para valorização no mercado”.
Paulino ainda reforçou os desafios enfrentados, como escassez de mão de obra, custo elevado e necessidade de modernização da produção. “A busca por novos mercados é constante. Participamos de grandes eventos como a Expo Cachaça, festivais em Brasília e feiras gastronômicas para apresentar nossas marcas ao público”.
Paulino Chicrala, primeiro secretário da associação e proprietário das cachaças Segredo de Araxá e Carnaval. Foto: Alex Xexéu
Durante a reunião, também foram discutidas ações futuras da CACEM, como a criação de um blend coletivo com cachaças dos associados e o projeto de identificação geográfica das cachaças produzidas no Cerrado, que visa agregar valor e garantir procedência ao consumidor.
“A cachaça é um patrimônio brasileiro, parte da nossa cultura e história. Aqui em Minas, temos a missão de tratá-la com respeito, qualidade e orgulho”, concluiu Paulino.
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