Juarez morreu em decorrência de uma parada cardíaca e esteve à frente da equipe Centro Educacional, que foi seis vezes campeã brasileira de jiu-jitsu
Um mestre que tinha a arte de ensinar e formar cidadãos de bem. Assim era considerado o Mestre Juarez Patrício, que morreu em decorrência de uma parada cardíaca na madrugada desta quarta-feira (23). O ícone das artes marciais de Araxá estava internado em Uberaba, e deixou uma legião de fãs, amigos e familiares enlutados — além de um vazio esportivo em Araxá e em toda a região.
Natural de Patos de Minas, o Mestre Juarez Patrício elevou o nome de Araxá no cenário nacional do jiu-jitsu. Responsável pelo Centro Educacional, conduziu a equipe a seis títulos brasileiros em uma época marcada por grandes conquistas. De acordo com um dos últimos formandos do mestre, Márcio Souza, o legado deixado por Juarez vai muito além do tatame.
“Era a época de ouro. A gente saía de Araxá em seis ônibus cheios de crianças para competir no Rio e em São Paulo. Mais do que ensinar a lutar, o Mestre Juarez construiu um legado que vai muito além da técnica. Ele nos ensinou a ser pessoas melhores”, destaca Márcio Souza.
Segundo ele, a importância do trabalho do mestre se reflete na vida de centenas de araxaenses. “Quem tem mais de 60 anos em Araxá, 90% subiu no tatame do Mestre Juarez. Ele formou muita gente boa, disciplinada, de personalidade forte.”
A conquista da faixa vermelha – a graduação máxima no jiu-jitsu – coroa a trajetória de Juarez Patrício. “Ser seis vezes campeão brasileiro, ter uma equipe desse nível e ainda carregar a faixa vermelha... isso é para poucos. Ao Mestre Juarez, só nos resta reverenciar”, completa Márcio Souza, atualmente atleta de jiu-jitsu.
A comunidade de Araxá terá a última oportunidade de se despedir de Juarez Patrício. O velório do mestre será realizado nesta quinta-feira (24), das 8h às 11h, no Velório São João Batista.
