Segundo secretário Juliano César o fato do responsável pela empresa e o diretor de montagem estarem morando em Araxá garante confiança ao projeto
No dia 13 de março via Ofício, a Prefeitura de Araxá solicitou à empresa Desaer, informações relacionadas ao cronograma de obras da implantação da Planta em Araxá, que tinha previsão após contrato assinado com a Prefeitura ter o início das obras em no máximo 180 dias após a assinatura. Porém, a empresa ainda não iniciou a obra.
O contrato assinado no dia 14 de abril de 2022 firmou a concessão de um terreno para a empresa se instalar. O terreno é próximo ao Aeroporto Romeu Zema, uma área aproximada de 277.870,50 metros quadrados; imóvel matriculado no Registro de Imóveis da Comarca de Araxá sob o n.º 31.269. O imóvel foi avaliado em R$ 8.442.376,25.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovações e Turismo de Araxá, Juliano César da Silva, para a construção ainda faltam algumas autorizações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Em entrevista o secretário disse confiar no projeto, principalmente porque a empresa já instalou seu escritório em Araxá, que está localizado na Av. Imbiara, n.º 260, sala 2.
“O que me deixa sossegado é que o Evandro (CEO da Desaer), mudou de São José dos Campos para Araxá e está transferindo a empresa Desaer de São José dos Campos para Araxá, tem um mês também que o Senhor Paulo Moto, que é o diretor de montagem, está morando em Araxá, então significa que eles não estão de brincadeira, o projeto é sério. O que o Poder Público pode fazer para ajudar a gente fez”, enfatizou Juliano.
Os responsáveis pela Desaer encaminharam no dia 17 de março, em resposta à prefeitura, informações que o cronograma se encontra atrasado em função das recentes alterações ocorridas na economia mundial, com reflexos no Brasil.
Em sua justificativa a empresa cita os efeitos da pandemia da Covid-19 da Guerra entre a Rússia e a Ucrânia, além de inflação, taxa de juros e problemas recentes de crédito no Brasil e em bancos americanos serem os maiores impactantes nas negociações que estavam em andamento da empresa.
“Não obstante, a Desaer tem convicção de que, dada a qualidade do seu projeto e tão logo os mercados de capitais se ajustem ao novo normal de risco e rentabilidade, conseguirá avançar nas negociações com os investidores (o que ainda que a passos lentos, já vem acontecendo) e, assim, poder apresentar um cronograma fidedigno de obras”, informou o ofício encaminhado pela empresa à Prefeitura.
“Não existe empresa que fabrica aviões no Brasil do lado do aeroporto, é tudo novo então o processo tende a ser mais demorado ainda, para uma licença, e o pessoal está sendo muito responsável, porque se você fizer uma construção, muito próxima à pista do aeroporto você acaba com o fluxo de avião grande no aeroporto então é um processo moroso”, ressalta o secretário Juliano, quanto às autorizações que a empresa está buscando.
