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Postado em: 13/01/2021 - 08:41 Última atualização: 15/01/2021 - 08:27
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REDE DE INTRIGAS

     Em todo governo que começa surgem intrigas de gabinete plantadas e  alimentadas por gente insatisfeita com a  formação  dos quadros  administrativos. No geral são pessoas que  aspiravam a postos importantes ou que, já os possuindo, almejam para conhecidos e afilhados políticos uma posição de destaque.

     O governo Robson não foge a essa regra. Nem bem tinha começado, e  especulações surgiram de que nos subterrâneos da administração pessoas tramavam contra a permanência  de  Diane Dutra à frente da Secretaria de Saúde. Podem ter sido apenas intrigas espalhadas com a má intenção de desacreditar o  novo governo. Ou pode ter sido um fato real, armado por pretendente ao cargo de Diane, situação que criaria movimentação nos quadros da câmara de vereadores com a subida de suplente.Essa atitude já  foi tomada no passado pelos velhos políticos no comando local e nem deveria ser considerada hoje, quando se pretende renovação dos hábitos de governar.

    O vazamento dessa intriga armada nos gabinetes chama atenção para dois aspectos que  precisam ser observados.Primeiro: Diane Dutra, vinda da administração anterior, foi confirmada no cargo porque exerce com correção a gestão na Secretaria de Saúde e tem a  confiança da população  pelas medidas  que toma e pelo  tom claro e objetivo com que transmite as regras sanitárias necessárias ao combate ao coronavirus. Afastá-la da função sem motivo justo traria desgaste desnecessário ao governo Robson.

     Segundo: o prefeito Robson tem afirmado, desde a campanha eleitoral, que vai permanecer boa parte dos dias de governo percorrendo bairros no contato com a população. Aí mora o perigo. Mesmo indo à procura do povo para sentir suas necessidades, Robson não pode deixar de ficar atento   às medidas  tomadas pela administração no geral. Na ausência  do prefeito os gabinetes do governo gozarão de oportunidade fácil para transformar em fatos reais as intrigas construídas por gente mal intencionada.

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Na apreciação do veto do prefeito ao orçamento o posicionamento  das vereadoras Leni e Maristela -  os dois únicos votos contra o veto - pode significar, desde agora, um não alinhamento com a política do prefeito. Sem divulgação dos motivos detalhados que as levaram ao voto, pode-se imaginar que  teriam seguido orientação dos partidos e grupos políticos que lançaram suas candidaturas, todos como então adversários do   candidato que foi vencedor.-

 

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Com relação ao comentário que fizemos na matéria Rede de intrigas sobre o posicionamento de duas vereadoras  na apreciação do  veto do prefeito ao orçamento, recebemos da vereadora Maristela Dutra correspondência onde explica seus motivos que assim podem ser resumidos:

1 - a decisão de votar contra o veto foi legal " e não mantém qualquer relação com questões ou posicionamentos políticos".

2 -  a vereadora explica que uma emenda parlamentar , sem necessidade de veto total ao projeto, poderia ter sido utilizada sem prejuízo da manutenção das emendas aditivas apresentadas pelos vereadores da ultima legislatura em relação a temas da saúde, educação, turismo, inclusão social e esportes,  emendas essas que foram também vetadas com a decisão do executivo.

3 -  a vereadora esclarece que não tem " interesse em fazer oposição  ao prefeito municipal" e salienta a importância de " trabalho em conjunto respeitando o melhor interesse da população".

Dadas as explicações da vereadora Maristela agradecemos sua atenção para com a coluna.-

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Ainda sobre a coluna Rede de Intrigas recebemos da vereadora Leni Nobre de Oliveira, acerca de seu posicionamento no voto contra o veto do prefeito ao orçamento, esclarecimentos que podem ser assim resumidos:

1 - " não existe fundamento legal para a justificativa de que o novo prefeito tenha direito de vetar totalmente o orçamento" mesmo porque, esclarece a vereadora, "não foi apontada pelo executivo nenhuma ilegalidade para justificar o veto total"..."cujas razões foram vagas, genéricas, sem citar onde estariam as alegadas incompatibilidades"

2 - a vereadora relatou que o projeto de lei orçamentária é extenso, com mais de 600 páginas, o que, no entender dela, inviabiliza seu exame em tempo ágil e sua leitura com a cautela necessária.

3 - a vereadora esclarece que seu" objetivo não é fazer oposição ao prefeito mas votar com lealdade ao povo de Araxá, dentro dos princípios éticos, morais e legais  cumprindo a função para a qual fui eleita."

Dadas as explicações da vereadora Leni, agradecemos sua atenção  para com a coluna.-

 

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